(Foto: http://grandepremio.ig.com.br)
Depois de muito tempo sem escrever por aqui, resolvi voltar a postar para falar sobre a saída de Rubens Barrichello da F1.
O garoto que assistia corridas em Interlagos na laje da casa da vovó cresceu, passou pelo Kart, Fórmula Ford, Fórmula 3 Inglesa etc e chegou à F1 em 1993, correndo pela Jordan. Mostrou muita competência no seu primeiro ano, mas deu muito azar com o carro, que só quebrava. Os anos se passaram, e Rubinho foi correr então na Stewart. O primeiro ano foi difícil, e Rubinho completou apenas 3 corridas, tendo como melhor resultado um 2º lugar em Mônaco. Em 1999 marcou sua primeira pole position, embaixo de chuva, para o GP da França. Em 2000, finalmente assinou com uma equipe de ponta, a Ferrari, e foi vice-campeão duas vezes. Venceu sua primeira corrida no mesmo ano, no histórico GP da Alemanha, em que ele largou em 18º, se a memória não falha, e venceu a corrida embaixo de chuva correndo de pneus para pista seca, mostrando a já conhecida habilidade na chuva. Também foi protagonista de um dos momentos mais vergonhosos da história da F1, o famoso GP da Áustria de 2001, em que tirou o pé na linha de chegada para Schumacher vencer a corrida (na corrida seguinte, nos Estados Unidos, o alemão devolveu a "gentileza"). Os anos se passaram e, em 2006, foi correr pela BAR Honda, que só foi mostrar bons resultados quando foi vendida para Ross Brawn e virou Brawn GP em 2009. Os anos na Williams foram bem apagados, o carro não foi pra frente e Rubinho tinha dificuldades de chegar até mesmo ao Q2. Rubens participou de 326 GPs (322 largadas), o recorde da categoria, venceu 11 vezes, subiu ao pódio em 68 oportunidades, marcou 658 pontos, 14 pole positions e 17 voltas mais rápidas.
Deixando de lado as piadas e chacotas feitas por muitas pessoas e programas de TV ao longo dos anos, principalmemte quando pilotou para a Ferrari e foi escudeiro do alemão, Rubens foi um piloto brilhante, ficou claro que ele não tinha aquele a mais para ser campeão do mundo, é verdade, mas David Coulthard também não tinha e foi um ótimo piloto.
É claro que tudo tem um fim, é claro que um dia tudo acaba, mas para algumas coisas a gente simplesmente não está preparado. Claro que não duraria para sempre, e após 18 anos (19 temporadas) Rubens Barrichello deixa a Fórmula 1. Vão ficar as saudades e lembranças de um piloto que corria pelo simples prazer de correr, pelo amor à velocidade e vai ficar aquele gostinho de assistir "a última corrida", de ter sua temporada de despedida.
Por tudo isso que foi escrito acima eu mando o meu Valeu pra você, Rubinho. Valeu por todas as alegrias e tristezas, por todas as manhãs de domingo que acordei pra te ver correr, mas valeu mesmo!